Hoje olhei-me.
Deslizei até ao espelho.
Suspirei…
Deixei uma pequena e tímida gota escorrer-me pela cara.
E tirei a máscara.
Voltei a erguer os olhos.
Sentindo que me exigiam algo.
Uma única coisa,
Simples:
Que me olhasse.
Mas que olhasse até ao fundo de o meu ser,
Revoltando tudo e abrindo todas as janelas e armários.
Respirei fundo.
Lentamente.
Cedi.
Ainda mais lentamente deixei que a Morte me ajudasse,
Com toda a sua sabedoria e bondade.
Deixei que me fechassem os olhos
E guiassem até ao meu túmulo.
Senti-me deitada.
Sufocando.
Fria.
Mas não sozinha.
Abandonei todos os meus medos.
Umas mãos geladas deslizaram suavemente sobre as minhas pálpebras,
Deixando me sozinha.
Então vi-me:
Pequenos erros,
Ligados por sorrisos,
Formavam pequenas pedras.
Por onde lágrimas escorriam
E desilusões e paixões se deleitavam.
Com o passar do tempo,
Como um arco-íris a aparecer,
Vi-me: formar-me e crescer,
Sem qualquer pudor.
E as pedras foram ganhando brilho,
Ficando quentes.
E as lágrimas uniram-se ao que restava dos sorrisos, desilusões e paixões,
Formando lençóis de cetim escarlate.
E o sangue que agora banhava as pedras,
Tornou-as ossos, carne e pele.
E então ouvi algo bater,
Devagar,
Pesarosamente.
Depois mais depressa,
Mais forte,
Teimando sair da sua dimensão irreal.
Abri os olhos e contemplei…
Toda a minha pele cintilava,
Liberta de máscaras,
Deixando o meu coração gritar até perder o esplendor.
Cada pequena pedra do meu ser rejubilava
Por deixar, para trás, os complexos.
E respirar.
Deslizei até ao espelho.
Suspirei…
Deixei uma pequena e tímida gota escorrer-me pela cara.
E tirei a máscara.
Voltei a erguer os olhos.
Sentindo que me exigiam algo.
Uma única coisa,
Simples:
Que me olhasse.
Mas que olhasse até ao fundo de o meu ser,
Revoltando tudo e abrindo todas as janelas e armários.
Respirei fundo.
Lentamente.
Cedi.
Ainda mais lentamente deixei que a Morte me ajudasse,
Com toda a sua sabedoria e bondade.
Deixei que me fechassem os olhos
E guiassem até ao meu túmulo.
Senti-me deitada.
Sufocando.
Fria.
Mas não sozinha.
Abandonei todos os meus medos.
Umas mãos geladas deslizaram suavemente sobre as minhas pálpebras,
Deixando me sozinha.
Então vi-me:
Pequenos erros,
Ligados por sorrisos,
Formavam pequenas pedras.
Por onde lágrimas escorriam
E desilusões e paixões se deleitavam.
Com o passar do tempo,
Como um arco-íris a aparecer,
Vi-me: formar-me e crescer,
Sem qualquer pudor.
E as pedras foram ganhando brilho,
Ficando quentes.
E as lágrimas uniram-se ao que restava dos sorrisos, desilusões e paixões,
Formando lençóis de cetim escarlate.
E o sangue que agora banhava as pedras,
Tornou-as ossos, carne e pele.
E então ouvi algo bater,
Devagar,
Pesarosamente.
Depois mais depressa,
Mais forte,
Teimando sair da sua dimensão irreal.
Abri os olhos e contemplei…
Toda a minha pele cintilava,
Liberta de máscaras,
Deixando o meu coração gritar até perder o esplendor.
Cada pequena pedra do meu ser rejubilava
Por deixar, para trás, os complexos.
E respirar.
Hoje olhei-me.
Deslizei com o vento.
Superei…